Minha história nos Terreiros - Parte I: Terreiro de Umbanda Ogum Xoroquê

28/08/2012 11:10

Olá pessoal que visita nosso modesto site. Hoje eu resolvi começar a relatar minha curta, pórem complicada vida nos "Terreiros de Umbanda" que eu já passei.
Eu tentei colocar toda a história em um único post, pórem como cada uma delas é mais estranha e longa do que a outra, vou começar hoje somente falando do primeiro "terreiro de umbanda" que eu já passei, O Terreiro de Umbanda Ogum Xoroquê.

Eu frequento terreiros de "umbanda" desde criança, mais foi aos meus 14 anos (ano de 2004) que eu resolvi entrar na corrente mediúnica para me desenvolver, pórem certos fatos que eu vinha observando sempre me fez questionar? Será realmente isto a Umbanda?
Pra começar, em 2004 eu entrei em um terreiro chamado "Terreiro de Umbanda Ogum Xoroquê" localizado no Setor Grajaú em Goiânia, a primeira coisa que eu achei estranho foi o fato de, depois de uma gira em casa, ter recebido um preto-velho e um erê (cosminho) pela primeira vez, eu ter relatado o ocorrido para o pai de santo daquele local e ele ter me convidado a entrar na corrente e desenvolver minha mediunidade, pórem eu nunca entendi como eu poderia realmente me desenvolver sendo que ninguém nunca me passou um ensinamento sequer, e durante as giras de pretos-velhos, minha entidade apenas ficava sentado no canto de cabeça baixa e fumando seu caximbo.
Pois bem, como eu não entendia absulutamente nada de Umbanda, eu tive que me sugeitar aos erros do povo daquele terreiro.
Aquele lugar sempre ficou lotado de gente, principalmente no dia de gira de exús e pomba giras (sempre na última segunda-feira do mês) pórem eu  nunca conseguir ver aqueles guias resolvendo a vida de ninguém que estava lá, foi ai que eu também percebi que nem a minha e nem das minhas irmãs e da minha mãe estavam sendo resolvidas (elas também estavam no terreiro esta época!
Ia atrás de emprego e não conseguia, sempre senti meus caminhos fechados naquele terreiro, em todas as áreas, em todos os aspectos.
Apesar de eu ser um dos melhores médiuns daquele terreiro, de girar e receber todas as entidades , minha vida era uma lástima, muito sofrida e foi a partir dai que eu começei a buscar algumas respostas e a não encontrar também.
Observando o Pai de Santo daquele terreiro, começei a perceber que ele sequer incorporava, ele falava e agia da mesma forma com ou sem o Exú Tiriri (Exú chefe da casa), dizia alguns deles mesmos que era uma irradiação, pórem eu nunca me convenci disto, sem falar que ele não tem e nunca teve vidência, cobra caríssimo para pessoas desesperadas consultar uma carta com ele e há uns 5 anos já, dizendo ser ordem do Exú Tiriri, começou a cobrar as consultas com as entidades dele, em lugar exclusivo (na cafoa no fundo da casa)
Quase chorando muitas vezes, fui falar com esta entidade, dizendo sobre as minhas dificuldades de arrumar um simples emprego, pórem as respostas dele era sempre vagas, sempre deixava mais a desejar, não só a dele, como de outras centenas de entidades de outros médiuns.
Mais tarde conheci o sarcedote maioral daquele terreiro, ele coordenava não só este centro do Setor Grajaú, mais também tinha seu próprio terreiro no Garavelo Park e há alguns anos atrás ele autorizou a abertura de mais um, no Parque Ibirapuera, ambos em Aparecida de Goiânia, nada contra ele, ele sempre tratou todos com igualdade, pórem foi mais um iludido pela idéia de ganhar cada vez mais dinheiro às custas das humildes entidades da Umbanda.
Outra coisa que eu sempre achei estranha neste terreiro foi alguns médiuns homossexuais começaram a trabalhar com pomba gira vestidos de mulher e sempre que eu me indagava sobre tais fatos, nunca tinha resposta de nada.
As pessoas deste local são extremamentes sem instrução nenhuma e sequer sabem o que é realmente a Umbanda! Eu mesmo já questionei muito isto, e, até hoje, aquele terreiro pra mim na verdade é Umbanda Cruzada (Umbanda com Candomblé).
A Mãe de Santo daquele terreiro é uma pessoa extremamente sem educação, não respeitava as pessoas, vivia pedindo dinheiro das mensalidades das pessoas e ficava avançando encima das comidas das festas.
Uma certa vez, saindo deste terreiro depois de trabalhar com preto velho, eu, minhas duas irmãs e minha mãe, fomos assaltados na mesma rua onde se localizava este terreiro, foi a partir daí que minha fé naquele lugar desmoronou.
Nunca fui a favor de trabalhos de magia negra e nem de sacríficios de animais, pórem, toda sexta feira santa de todos os anos, eram realizados sacrificios de animais, uma vez bode, outras vezes leitão.
Em 2006, juntamente com a minha família, resolvemos sair daquele lugar de uma vez por todas, todos juntos. Aquele lugar sempre só foi atraso de vida para nós todos, cheguei a voltar em 2007, mais não consegui mais me adaptar. Hoje ainda espero nunca mais precisar daquele lugar e nem daquelas pessoas, a maioria falsas e hipócritas, pessoas que não conhecem a Verdadeira Umbanda.
No próximo post, vou falar sobre o segundo terreiro que eu fui parar, no qual eu chamo de "Buraco Imundo".
Até mais.
                    
             Terreiro de Umbanda Ogum Xoroquê (o 1° centro que frequentei)


 


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